OFICINA TEATRAL NG 2000

O que o aluno poderá aprender com esta aula

As crianças na faixa etária de seis anos de idade poderão com esta aula:
  • Participar de jogos de dramatizações combinados coletivamente.
  • Vivenciar os jogos teatrais através da improvisação, utilizando os procedimentos: onde, quem e o quê.
  • Vivenciar diferentes tipos de papéis.
  • Identificar alguns dos elementos teatrais (cenário, figurino, texto, iluminação, sonoplastia, platéia, ator).
  • Elaborar protocolo (registro das atividades teatrais realizadas: desenho e/ou textos).
  • Participar da avaliação dos jogos teatrais.

Duração das atividades

As atividades propostas a seguir serão desenvolvidas durante quinze dias em aulas com duração de 50 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para vivenciar esta aula, os alunos precisam já ter presenciado discussões iniciais sobre o modo de vida das sociedades primitiva.

Estratégias e recursos da aula

ATIVIDADE 1 – Iniciando a brincadeira
1° momento – Na aula de Educação Física o professor propõe à turma vivenciar uma caçada primitiva. Antes de iniciar a brincadeira ele solicita às crianças que pensem nas ações e elementos necessários para tornar a brincadeira possível: armas, um animal para ser caçado, uma fogueira, caverna, movimentos de catar pau e folha para fazer o fogo. O professor questiona como o grupo pode brincar usando apenas o corpo, pois não possuem os elementos citados. É importante que as crianças demonstrem os movimentos que pensaram para representar os elementos da brincadeira. As respostas das crianças devem ser registradas pelo professor.
2° momento – O professor possibilita as crianças escolherem o personagem que desejam ser, propondo as seguintes questões: onde o seu personagem está, quem é o seu personagem e o quê ele faz. Após sua finalização, realiza um momento de avaliação deixando as crianças expressarem o que mais gostaram e o que não foi legal. É importante que crianças e professores apresentem sugestões para melhorar os aspectos que acharam negativos.
3° momento - Depois da realização da brincadeira, o professor propõe à turma a produção de um texto coletivo transformando a brincadeira em uma história. Concluído o texto as crianças fazem desenhos para ilustrá-lo.
ATIVIDADE 2 – Lendo imagens para enriquecer a brincadeira
1° momento – O professor organiza as crianças em uma roda e apresenta algumas imagens relacionadas a uma caçada primitiva.
CAÇADA PRIMITIVA
Para ajudar as crianças na leitura das imagens o professor pode propor algumas questões:
- Quem são essas pessoas?
- O que elas estão fazendo?
- Onde elas estão?
- Como elas estão vestidas?
- Que objetos elas estão usando?
Durante essa conversa o professor vai retomando com a turma o que já foi estudado sobre a vida nas sociedades primitivas (alimentação, moradia, vestuário, trabalho, etc.)
SUGESTÃO DE LIVROS SOBRE O MODO DE VIDA NAS SOCIEDADESS PRIMITIVAS
Autor: Maria Rius, Gloria E Oriol Verges
Editora: Scipione
Sinopse - A vida e os hábitos dos seres humanos no período compreendido entre a pré-história e o surgimento da civilização egípcia são relatados aqui de uma maneira clara e objetiva. O processo de utilização do fogo, a descoberta da roda e o fim do nomadismo são alguns dos temas abordados.
Enciclopédia Visual - Povos Primitivos de Vários
Editor: Verbo
Sinopse - A Enciclopédia Visual é uma coleção concebida em moldes originais, de inesperado vigor gráfico e com valiosa informação sobre o mundo que nos rodeia. A variedade de assuntos transforma estes livros numa enciclopédia temática complementar dos estudos.
2° momento – Concluído o momento de leitura das imagens, o professor prossegue a aula propondo a reelaboração do texto, que servirá de roteiro para orientar as crianças na brincadeira.
ATIVIDADE 3 – Pensando o figurino e adereços da brincadeira
1° momento – A partir da observação das gravuras o professor define com as crianças o figurino de cada personagem. As decisões podem ser registradas em um quadro como no exemplo abaixo:

Personagem Figurino
Caçadores Saia
Mulheres Vestido
Animais Máscaras

Adereços e cenário
Armas feitas de pau, pedra e cordão.
Caverna feita de papel de embrulho
Floresta - plantas desenhadas e pintadas em papelão e alguns jarros da escola.
2° momento – O professor organiza as crianças em pequenos grupos para confeccionar o figurino e acessórios da brincadeira. Para esta atividade deve ser providenciado molde das máscaras dos animais, pedras, pedaços de pau, tesoura, agulha, linha de costura, cola, cartolina.
3° momento – Concluído o momento de confecção, o professor solicita às crianças que registrem por meio do desenho e escrita como ficou o seu figurino e acessórios.
ATIVIDADE 4 – Das cavernas dos livros às cavernas da nossa sala
1° momento – O professor inicia a aula construindo na sala, com a ajuda das crianças, uma caverna usando papel embrulho.
2° momento – Concluída a confecção da caverna, o professor coloca a disposição das crianças o figurino e acessórios ajudando-as a se vestirem.
3° momento – A partir da leitura do texto produzido pelas crianças o professor inicia a brincadeira.
4° momento - Após a brincadeira o professor propõe um momento de avaliação.







Um desenho feito pelo homem na Pré-História


A arte data deste a antiguidade, quando os homens da Pré-História, desenhavam a arte rupestre (desenhos feitos nas cavernas). As figuras representavam a caça, mas isso não significava como o grupo vivia, tinha um caráter mágico, fazia com o que o grupo se preparasse para a tarefa que garantia a sobrevivência.
A palavra “arte” teve muitos significados durante a história. Sempre houve uma pequena discussão, pois alguns achavam que a arte era uma forma de criação, já outros, acreditavam que era uma forma de imitação.

A arte foi se subdividindo de estilos em estilos, tais como Barroco, Gótico, Romântico e outros.

O surgimento do Renascimento fez com que a arte se dividisse em conceitos: a pintura, literatura, música, escultura, arquitetura e a arte feita com cerâmica, tapeçaria e etc.

Depois do século XIX, a arte teve como objetivo retratar a beleza, às criações estéticas. Já no século XX, a arte passou a se referir, principalmente, às artes plásticas.

Toda arte criada é uma conseqüência do trabalho feito pelo homem. Em cada uma delas expressam a personalidade do autor, onde mostram o período em que foram feitas, criadas e suas influências culturais.

Muitas vezes o artista preocupa com a beleza da sua obra, isso faz com que ele busque matérias-primas para aproximem sua obra do mais real possível. Os artistas expressam em suas obras, todos os seus sentimentos.

Com o tempo a arte foi se modificando. Com isso a história da arte pode ser dividida de acordo com a divisão dos períodos da história da humanidade. É dividida em Antiga, Medieval, Renascentista e Moderna.              







Teatro da crueldade e teatro do absurdo

Teatro da crueldade

Antonin Artaud (1896 1948) foi considerado um louco visionario do teatro surrealista, que apesar de ter morrido sem ver muito suas teorias realizadas na pratica, influenciou varios teatrologos que o sucederam, entre eles, Jerzy Grotowski, cujas teorias deram origem ao Teatro Pobre e Peter Brook, teatrologos que serao abordados mais a frente. Ate o surgimento do mito Artaud, eram considerados pilares de sustentacao teatral, o russo Stanislavski e o alemao Brecht, que propuseram formas diferenciadas de atuar (Veja capitulos anteriores). Ja o frances Artaud possuia grandes pretensoes a respeito de sua arte. Junto com Roger Aron, foi um dos primeiros diretores surrealistas, com a proposta de contestar o teatro naturalista, principalmente o frances, que se mostrava muito retorico e paradigmatico. Artaud pregava o uso de elementos magicos que hipnotizassem o espectador, sem que fosse necessaria a utilizacao de dialogos entre os personagens, e sim muita musica, dancas, gritos, sombras, iluminacao forte e expressao corporal, que comunicariam ao publico a mensagem, reproduzindo no palco os sonhos e os misterios da alma humana.
Artaud era incisivo ao abordar suas concepcoes teatrais: O teatro e igual a peste porque, como ela, e a manifestacao, a exteriorizacao de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num individuo ou numa populacao todas as maldosas possibilidades da alma. Assim, surgiu o nome de sua teoria, o Teatro da Crueldade, que sofreu grande influencia do teatro oriental, principalmente o balines. Em seu livro O Teatro e Seu Duplo, o teatrologo reafirma seu descontentamento com o teatro europeu, denunciando a perda do carater primitivo do teatro como cerimonia, avaliando o teatro oriental como original, ressaltando que esse manteve seu aspecto cultural milenar, sem interferencia, constituido pelos temas religiosos e misticos, numa confraria que propoe principalmente saudar o desconhecido e constituir um universo ingenuo que nao busque a explicacao e a psicologia, como no teatro ocidental, e sim uma perspectiva pessoal a respeito do mundo.
O que incomodava fortemente o teatrologo era a exposicao da arte relativa a comercializacao, onde os atores e os diretores seguiam fielmente um texto a fim de conseguir uma perfeita equacao, que segundo Artaud era antipoetico e um teatro de invertidos comerciantes. Artaud criticava abertamente a expressao corporal subordinada ao texto, pois achava ser inutil os musculos se movimentarem em detrimento da emocao superficial, de maneira sistematica, como mascaras gregas, procurando fazer o mais facil, que e imitar, reproduzir sem maiores resolucoes o tema abordado e sua subjetividade sem buscar um aprofundamento maior. Tudo em prol do superficial, do rapido, do facil e do lucrativo.
Hoje reconhecido como um profeta do teatro, Artaud deflagrou a Industria Cultural no teatro, alem de questionar o teatro discursivo. Porem, esse reconhecimento so veio apos a sua morte. Em vida, Artaud nao conseguiu por em pratica grande parte de suas teorias, pretensiosas demais para a epoca e muito paradoxal. Porem, como ensaio serviu para dar um outro panorama a arte dramatica, permitindo assim que se abrisse um paralelo, uma porta que serve como alternativa, como ritual de confrontacao para as tecnicas classicas, que mantinham normas milenares sem nenhuma contestacao. Artaud, como um dos percursores do Surrealismo, pode inserir esse genero na arte dramatica, alem de sugerir maior inovacao e arrojo nas obras de arte, seja ela pintura, arquitetura, danca, composicao, musica, etc.
Antes mesmo da segunda guerra o mundo estava muito dividido em relacao ao comunismo e, por outro lado, a sombra do fascismo pairava sobre a Europa. A Escola de Frankfurt, que tinha em Walter Benjamin (1892 1940), seu principal e mais radical teorico, foi responsavel por combater a chamada Industria Cultural, buscando impor antes, durante e depois da Segunda Guerra, as suas teorias marxistas, tendo como objeto de estudo a arte de paises capitalistas, que e encarada como produto. Alem de Benjamin, outros tres grandes teoricos se destacaram: Max Horkheimer (1895 1973), Theodor Adorno (1903 1969) e Jrge Habermans (1929 - ), que elaboraram, primeiramente durante a crise alema, indigestas teorias a respeito da manipulacao da comunicacao na Europa, principalmente na Alemanha, onde o nazismo conquistava cada vez mais votos contra os comunistas. Os quatro foram cacados pela Gestapo (policia alema), o que culminou no suicidio de Walter Benjamin em 1940.
Por ser da mesma epoca e viver os mesmos ares de uma Europa em crise, Artaud com certeza sofreu grandes influencias da Escola de Frankfurt, de forma que algumas de suas teorias se aproximam bastante ao que propos Benjamin. Esse teorico era contra a utilizacao desenfreada da arte em prol da capitalizacao, o que, segundo ele, desgastava a importancia da obra. Adorno, apesar de tambem criticar, buscou ver o lado positivo da comercializacao da arte, alegando que a divulgacao estreita os lacos da obra artistica com a sociedade. Porem Adorno rechaca a utilizacao da obra como um bem particular, afirmando que tal prestigio impede que toda a sociedade manifeste interesse por uma obra. Hockheimer concorda e alega que as diferencas sociais impedem que o publico se aproxime de uma obra original e sim de copias e criacoes voltadas para o faturamento de riquezas, transformando a cultura em um bom produto para venda, manipuladas pelo marketing, subordinado a moda vigente, com uma demanda limitada do publico mais rico.

Segundo manifesto do teatro da crueldade, de Antonin Artaud
"Admitido ou no admitido, consciente ou inconsciente, o estado potico, um estado transcendente de vida, no fundo aquilo que o pblico procura atravs do amor, do crime, das drogas, da guerra ou da insurreio.
O Teatro da Crueldade foi criado para devolver ao teatro a noo de uma vida apaixonada e convulsa; e neste sentido de rigor violento, de condensao extrema dos elementos cnicos, que se deve entender a crueldade sobre a qual ele pretende se apoiar.
Esta crueldade, que ser, quando necessrio, sangrenta, mas que no o ser sistematicamente, confunde-se portanto com a noo de uma espcie de rida pureza moral que no teme pagar pela vida o preo que deve ser pago.

1. Do Ponto de Vista do Fundo
quer dizer, dos assuntos e temas tratados:
O Teatro da Crueldade escolher assuntos e temas que correspondam agitao e inquietude caracterstica de nossa poca.
No pretende abandonar para o cinema a tarefa de produzir os Mitos do homem e da vida modernos. Mas far isso de um modo que lhe prprio, isto , em oposio ao deslizamento econmico, utilitrio e tcnico do mundo, por em moda outra vez as grandes preocupaes e as grandes paixes essenciais que o teatro moderno cobriu sob o verniz do homem falsamente civilizado.
Esses temas sero csmicos, universais, interpretados segundo os textos mais antigos, tirados das velhas cosmogonias mexicana, hindu, judaica, iraniana etc.
Renunciando ao homem psicolgico, ao carter e aos sentimentos bem delimitados, ao homem total e no ao homem social, submetido s leis e deformado pelas religies e pelos preceitos, que esse teatro se dirigir.
E desse homem ele pegar no apenas o recto mas tambm o verso do esprito; a realidade da imaginao e dos sonhos surgir em igualdade de condies com a vida."


Teatro do Absurdo

O Teatro do absurdo nasceu do Surrealismo, sob forte influencia do drama existencial. O Surrealismo, que explora os sentimentos humanos, tecendo criticas a sociedade e difundindo uma ideia subjetiva a respeito do obscuro e daquilo que nao se ve e nao se sente, foi fundamental para o nascimento desse genero que buscava, na segunda metade do seculo XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia, apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise. A principal fonte de inspiracao dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teoricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relacao as conseqencias desastrosas que causava ao resto da sociedade.
Como o proprio nome diz, o Teatro do Absurdo propoe revelar o inusitado, mostrando as mazelas humanas e tudo que e considerado normal pela sociedade hipocrita. Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicotico, um sofredor, um ser que chega as ultimas conseqencias, culminando sempre na revolucao, no atrito, na crise e na desgraca total. Extremamente existencialista, o Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida aquilo que julga ser o mais facil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida mediocre.
O Teatro do Absurdo foca principalmente o comportamento humano, deflagrando a relacao das pessoas e seus atos concomitantes. O objetivo maior desse genero e promover a reflexao no publico, de forma que a maioria dos roteiros absurdos procuram expor o paradoxo, a incoerencia, a ignorancia de seus personagens em um contexto bastante expressivo, tragico, aprofundado pela discussao psicologica de cada personagem apresentado, com uma nova linguagem. Para Ionesco, Membro da Academia Francesa, autor de um dos primeiros espetaculos absurdos, como A Cantora Careca (1950), renovar a linguagem, e renovar a concepcao, a visao do mundo. Essa linguagem e traduzida nao so nas palavras de cada um dos personagens, e sim em todo o contexto inovador, pois cada elemento no Teatro do Absurdo influencia a mensagem, inclusive os objetos cenicos, a iluminacao densa e utopica, alem dos figurinos. Todos esses elementos materiais do espetaculo contribuem para o enriquecimento da mensagem que deve ser clara para nao haver duvidas por parte do publico. A ironia constitui-se numa figura de linguagem extremamente dificil de ser praticada no palco, pois, exagerada ou mal formulada, pode ganhar um sentido contrario aquele intencionado pelo diretor. Um outro fator importante e que, no Teatro do Absurdo, muitas vezes o cenario, o figurino e a nuancas nas interpretacoes se tornam ainda mais importantes do que o proprio texto. O texto em si promove uma nova leitura, cuja concepcao tornara possivel a construcao cenica dentro de um vies preferido pelo diretor.
Um dos autores de vanguarda do Teatro do Absurdo e Samuel Beckett autor do classico Esperando Godot, que conta a historia de dois personagens que esperam ansiosos por ajuda numa terra onde nada acontece de inovador, onde tudo se repete sem cessar, obrigando os angustiados personagens a tentar iludir a tristeza e frustracao. Esse texto traduz perfeitamente a essencia do Absurdo, sendo Beckett uma pessoa que, desde jovem manifestava seu dom a rebeldia, sendo um homem contrario a religiosidade, mesmo sendo de familia protestante, alem de ser um homem adepto a revolucao dos costumes. O Absurdo, assim como o Dadaismo, promoveu a revolucao na linguagem e na ideologia da sociedade, obtendo muitas criticas de um publico que, apesar de proletario, consumia o idealismo burgues da epoca. Harold Pinter (1930- ), autor de Velhos Tempos, O Zelador, A Colecao e o autor americano Edward Albee (1928 - ), autor de Quem Tem Medo de Virginia Woolf, buscaram a orientacao absurda para tecer suas criticas em favor das classes menos favorecidas, constituindo obras anti-literarias, com o mesmo brilhantismo de Ionesco e Beckett (que ganhou o Premio Nobel em 1969), com identidades proprias que lhes deram lugar de destaque na historia da arte dramatica.
A partir das ideologias de Artaud de quebra com os paradigmas classicos do teatro ocidental, surgiu o Teatro Panico, uma forma de Teatro do Absurdo calcado no drama e em contextos que mostram a revolta do autor perante o mundo. Apesar de possuir algumas ideias artaudianas, o Teatro Panico mantem elementos basicos do teatro ocidental, como o dialogo de seus personagens. Esse genero foi essencial para reafirmar o Teatro do Absurdo como vertente teatral, propondo a forma agressiva de expor seus personagens numa critica mordaz contra a sociedade, onde homens e mulheres vivem suas vidas num limite extremo, sempre numa virtual solidao.
A concepcao de Teatro Panico nasceu em fevereiro de 1962, em Paris, e misturava terror com humor. A filosofia panica diz que a memoria e fundamental para o homem, pois esse nao passa de um grande fundo de saberes que, com o passar dos anos, compoe um quadro estetico, etico e moral. Na visao de um dos principais diretores do Teatro Panico, o espanhol Fernando Arrabal, autor de A Guerra dos Mil Anos, o Panico mistura a vida privada com a vida artistica, o lirismo e a psicologia, onde o teatro passa a ser encarado como um jogo, ou uma festa. Muitos associaram o Panico com o Dadaismo, genero que contesta a razao em prol do subjetivo. Dessa forma, os espetaculos panicos propoem, acima de tudo, uma linguagem extremamente transcendental em relacao aos temas abordados. Nada disso poderia ser possivel sem a estruturacao do Teatro do Absurdo que possibilitou no homem uma evolucao no que se diz respeito aos seus dogmas.

 

Elisabetano


O Período Elisabetano ou Período Isabelino é o período associado ao reino da rainha Isabel ou Elizabeth I (1558-1603) e considerado frequentemente uma era dourada da história inglesa. Esta época corresponde ao ápice da renascença inglesa, na qual se viu florescer a literatura e a poesia do país. Este foi também o tempo durante o qual o teatro elizabetano cresceu e Shakespeare, entre outros, escreveu peças que rompiam com o estilo a que a Inglaterra estava acostumada. Foi um período de expansão e da exploração no exterior, enquanto no interior a Reforma Protestante era estabelecida e defendida contra as forças católicas do continente.
O Período Elisabetano é assim tão considerado em parte pelo contraste com os períodos anterior e posterior. Foi um breve período de paz nas batalhas entre protestantes e católicos e as batalhas entre o Parlamento e a monarquia que engolfaram o século XVII. As divisões entre o catolicismo e protestantismo foram definidas momentaneamente pelo Estabelecimento Religioso Elisabetano e o Parlamento ainda não era forte o suficiente para desafiar o absolutismo real.
A Inglaterra também estava bem se comparada às outras nações européias. O renascimento italiano acabou sob o peso da dominação estrangeira na península. França estava embrulhada em suas próprias batalhas religiosas que só terminariam em 1598 com o Édito de Nantes. Em parte por causa disto (mas também porque o ingleses tinham sido expulsos de seus últimos territórios no continente) os conflitos seculares entre França e Inglaterra suspenderam-se durante o Período Elisabetano.
O único grande rival era a Espanha, que os ingleses enfrentaram tanto na Europa quanto na América. A Inglaterra perdeu algumas batalhas notáveis para a Espanha, mas venceu a mais importante quando a Armada Espanhola foi derrotada.
A Grã-Bretanha nesse período teve um governo centralizado, bem organizado e eficaz, na maior parte um resultado das reformas de Henrique VII e Henrique VIII. Economicamente o país começou a beneficiar-se extremamente da nova era de comércio transatlântico.
Os historiadores e os biógrafos modernos da Europa pós-imperial tendem a ter uma visão bem mais racional e imparcial do período de Tudor. A Inglaterra elisabetana não foi particularmente bem sucedida no âmbito militar durante esse período. O bem-estar econômico do país também foi questionado.
O período elisabetano também viu a Inglaterra começar a desempenhar um papel principal no tráfico de escravos, assim como uma série de campanhas militares inglesas sangrentas na Irlanda católica, com destaque para as Rebeliões de Desmond e a Guerra dos Nove Anos.
Apesar das conquistas obtidas durante este período, menos de 40 anos depois da morte de Elizabeth o país imergiu na Guerra Civil Inglesa.

 Roupas e vida doméstica

A moda da corte elisabetana foi pesadamente influenciada pelos estilos espanhol e francês. As peças de roupa notáveis desse período incluem o farthingale (armação usada sob a saia para estendê-la horizontalmente) para mulheres, estilos militares como o mandilhão para homens, e colarinhos bufantes para ambos os sexos. O período Elisabetano viu também a ascensão do bordado doméstico para roupas e nas mobílias.
A refeição típica da época incluia o lear (um tipo de mingau ou papa com ervilhas ou feijões), todos os tipos da carne animal, e numerosos tipos de frutas e de vegetais.

 Pessoas notáveis do período elisabetano

 

 

Ser ator.



Soliloquio_del_7_by_loganart
ser ator é conviver com o mundo
estando fora dele
observar o tempo passar
fingindo o triste esquecimento

ser ator é abraçar o mundo
quando não se tem fé no alheio sentimento
(ainda por ternura, ainda por amor)
ser ator é decorar o texto sem sentido
roto e repetido
o texto que não fala ao coração
o texto que não consola
o texto de um autor
há muito fora de moda
ser ator é subir ao procênio sem platéia
sem riso e sem aplauso
encenando a loucura do próprio gênio
(por si, para si)
ser ator é desejar todas as almas do mundo
com suas máscaras
e dramas e comédias
e posição em cena
por desejo de tornar-se
sem jamais realmente poder vir a ser
ser ator é conviver com fantasmas
que lhe contam coisas ao longo dos atos da vida
sempre anotando tudo
sempre aclarando a memória
que acaba por se tornar outra coisa
ser ator é,
ouvir,
para não esquecer
para representar
no imaginário e fantasia
aquilo que não poderia ser a realidade
(mas é)
ser ator é ver a cortina se encerrar
para no palco se sentar
e indefinidamente aguardar
o verdadeiro espetáculo
da vida
que a de começar
que a de começar
que a de começar!

(Bêbado e louco, como poucos!)

OFICINA DE JOGOS TEATRAIS


Introdução

O teatro possui valorosa importância social na ação educativa e oferece inúmeras
situações de aprendizagem, interagindo com o cotidiano da comunidade. Assim,
funciona como elo entre cultura, sociedade e indivíduo.
Ajuda a entender os grandes dilemas sociais e individuais, pois exige do ator e do
público, participação ativa, instigando o olhar sobre diferentes realidades; sua
linguagem, ajuda no aprendizado sobre nós mesmos, nossas relações, o cotidiano, a
história do país.
Assim, a presente proposta pretende ampliar a vivência do teatro das pessoas
interessadas nesta forma de expressão, para formar assim, um público sensível à
linguagem teatral e capaz de utilizá-lo como instrumento para fomentar
discussões.
Nosso trabalho baseia-se fundamentalmente em Augusto Boal, que fala do teatro
como instrumento libertador de ações e visões. São utilizadas técnicas latinoamericanas
de teatro, teatro fórum, entre outras técnicas adaptadas, com o
objetivo de trazer à cena “o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através
do teatro” (BOAL, 1979). Afinal, ”o teatro não está dentro de nada, mas se serve
de todas as linguagens: gesto, sons, palavras, gritos, encontra-se exatamente no
ponto em que o espírito tem necessidade de uma linguagem para produzir as suas
manifestações” (STANISLAWSKI).
Teatro - Fórum
Espetáculo baseado em fatos reais, no qual personagens oprimidos e opressores
entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e
interesses.
Neste confronto, o oprimido fracassa e o público é convidado, pelo Curinga (o
facilitador do Teatro do Oprimido), a entrar em cena, substituir o Protagonista (o
oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.
No Teatro-Fórum o espectador é estimulado a entrar em cena,
improvisar como protagonista e buscar alternativas ao problema encenado
Objetivo
Aguçar os sentidos: visão, audição, tato, olfato e o sentido poético, enfim,
despertar capacidades criadoras;
Proporcionar uma experiência coletiva prazerosa, de modo que os participantes
sintam-se cativados pela prática teatral;
Experimentar o teatro com o corpo. Vivenciar práticas de ator, tais como
aquecimento vocal e corporal, improvisação cênica e construção de personagem
Justificativa
Os jogos teatrais são exercícios de sensibilização sensorial e motora e servem
para atrair e estimular um “elenco” de não atores a representar. Comumente, é um
recurso usado pelo diretor para deixar o ator pronto para o palco.
Há um sem número de jogos teatrais para atores e não-atores. Através deles o
participante é conduzido para si e para o outro, para a cena e para seu lugar na
sociedade, para o espaço real e imaginário, para a criatividade, a ação e a
experiência mágica do contato com a platéia que a vivência do teatro proporciona.
Categoria: Alongamento
O alongamento é uma preparação do corpo para as aulas de teatro, sem ele fica
impossível a realização dos exercícios que virão na seqüência. O alongamento
proporciona uma melhor flexibilidade do corpo e representação do esquema
corporal.
Alongamento
Prática do remo
Em duplas os participantes deverão simular que estão em um barco em meio ao
mar remando. Uma hora vai para o corpo para frente e leva o outro consigo, hora
outro vai com o corpo para trás levando o outro consigo e assim sucessivamente.
O mediador poderá simular para os participantes um rio caudaloso, um mar bravio,
mar calmo...
Categoria: Jogos e exercícios de aquecimento físico
Os jogos servem como brincadeiras, proporcionam concentração, interação e
confiança.
Os alunos aprendem a se posicionar e locomover no espaço cênico, (organização do
espaço e do tempo), estimulando bases psicomotoras como equilíbrio, coordenação
e respiração, cujo conjunto conduz à percepção e ao controle do corpo. Esses
fatores formam a imagem corporal.
1) Reconhecimento do espaço
Andar pelo espaço o maior homem do mundo o menor homem do mundo.
2) Roda de ritmo e movimento
Forma-se um círculo com os participantes; um deles vai ao centro e executa um
movimento qualquer, acompanhado de um som e dentro de um ritmo que ele
próprio inventa. Todos os (a) participantes o seguem, tentando reproduzir
exatamente os seus movimentos e sons, dentro de um ritmo. Quem está no meio
da roda desafia outro (a), que vai ao centro do círculo e lentamente muda de
movimentos, de ritmo e de som. Todos seguem este segundo ator, que desafia um
terceiro e assim sucessivamente.
3) Hipnotismo
Um participante põe a mão a poucos centímetros da cara de outro e este fica
como que hipnotizado, devendo manter a cara sempre à mesma distância da mão
do hipnotizador. Este inicia uma série de movimentos com a mão, para cima e para
baixo, fazendo com que o companheiro faça com o corpo todas as contorções
possíveis a fim de manter a mesma distância. A mão hipnotizadora pode mudar,
para fazer, por exemplo, com que o ator hipnotizado seja forçado a passar por
entre as pernas do hipnotizador.
4) Fila de Cegos
Duas filas. Faz-se uma fila de pessoas com os olhos fechados, esta procura sentir,
com as mãos, o rosto e as mãos das pessoas da outra fila (que estarão de olhos
abertos) cada qual os do ator que está na sua frente. Depois os atores separamse
e os cegos tentarão descobrir, tocando nos rosto e as mãos de todos, qual o
ator que estava na sua frente.
5) Futebol imaginário
Duas equipes sem utilizar bola, disputam uma partida como se a tivesse jogando.
O facilitador (a)-juiz (a) da partida deve observar se o movimento imaginário da
bola coincide com os movimentos reais das pessoas participantes , eliminando as
que cometem erros. Qualquer outro desporte coletivo pode ser praticado neste
tipo de exercício.
6) Ritmo em uníssono
O grupo inicia junto um ritmo (cada um o seu ritmo), com a voz, as mãos e as
pernas, após alguns minutos mudam lentamente, até que um ritmo novo se impõe e
assim sucessivamente durante vários minutos. Variante: Todos (as) começam a um
sinal dado, a fazer um ritmo próprio, e também um movimento que acompanha
esse ritmo. Depois de alguns minutos tentam aproximarem-se uns dos outros
segundo as afinidades rítmicas. Os participantes com maiores afinidades vão
homogeneizando os seus ritmos até que todos (as) estejam praticando o mesmo
ritmo e o mesmo movimento.. Pode ser que isso não aconteça. Nesse caso, não é
importante, desde que os grupos formados tenham seus ritmos e movimentos bem
definidos.
7) Imagem do grupo – escultura
Em dupla. Cada um, utilizando a outra pessoa, faz uma escultura que pretende
refletir a sua opinião acerca das relações do grupo. Aquilo que permanecer
constante em todas as esculturas será uma espécie de superobjetividade. Pode-se
escolher, cada vez que se faça o exercício uma pessoa para ficar em evidência, à
volta do qual ficará o restante do grupo. A pessoa em evidência sentir-se-á na
posição de cada um de seus companheiros, assumindo a posição deles em cada
escultura.
Categoria: Jogo Teatral
Objetivos: Estimular a relação com o outro, a criatividade, a expressividade do
corpo, a desenvoltura e a concentração.
8) Inter-relação de personagens /Atividades complementares
Este exercício pode ou não ser mudo. Um participante inicia uma ação. Um
segundo aproxima-se e, através de ações físicas visíveis, relaciona-se com o
primeiro de acordo com o papel que escolhe: irmão, pai, tio, filho, etc. O primeiro
deve procurar descobrir qual o papel e estabelecer a inter-relação.
Seguidamente, entra um terceiro ator que se relaciona com os dois primeiros,
depois um quarto e assim sucessivamente.
9) Amor, ódio, amor
Dividir o grupo em duplas. A dupla deverá esboçar sentimentos de amor recíproco.
O sentimento dever ser expresso falando números 12, 33, 44. O sentimento vai
aumentando, até que o mediador (a) da atividade indicará que este deve se
transformar aos poucos em ódio, sendo expresso através de números também. Ao
se atingir o grau máximo do sentimento, retornar a demonstração de amor pelo
(a) companheiro (a). Após fazer um bate papo para trocar as experiências.
10) Mímica
O grupo será dividido em dois. Um dos grupos deverá se reunir e escolher um
tema. Escolhido o tema, o grupo deverá selecionar um membro do outro grupo
para encenar o tema, seu grupo deverá ser adivinhar o tema encenado.
11) Dito popular
Serão escritos em papeizinhos ditos populares. Estes papéis serão distribuídos a
cada participante. Um participante de cada vez será interrogado sobre o
conteúdo do papel, este deverá responder as perguntas acrescentando a cada
resposta uma palavra do seu dito popular, até que o grupo descubra qual o dito
popular.
12) Profissões
Serão distribuídos pedaços de papel pra que cada integrante do grupo escreva
nele uma profissão, os papeis serão dobrados e sorteados por cada pessoa. Todos
um de cá vez deverá representar através da mímica a sua “profissão” para que o
grupo adivinhe.
13) Troca de máscaras
O grupo será divido em duplas. Uma pessoa da dupla deverá representar o papel
de patrão a outra o empregado que vai pedir aumento, este se comportará como
tal, podendo perguntar como vai a família, a saúde, o preço da cesta básica subiu...
Depois de exercerem um papel trocar os papéis. Após, bate-papo sobre a
dinâmica.
14) Ilustrar uma história
O grupo será divido em duplas. Em cada uma das duplas uma pessoa ficará
responsável por contar uma história que lhe aconteceu e outra encenar esta
história. Depois da encenação, a pessoa que teve a sua história encenada deve
compartilhar com o grupo qual a diferença entre a forma que a pessoa encenou a
história e como foi o desenvolvimento da história real.
15) Muitos objetos num só objeto
Baseia-se na frase de Bertolt Brecht de que há muitos objetos num só objeto.
Ficará a disposição dos participantes objetos. Uma pessoa por vez deverá entrar
na roda e mostrar um uso que se pode ser dado aquele objeto
Material: objetos, a quantidade varia conforme o tamanho do grupo.
16) Contar a através da mímica a história feita por outra pessoa
Cinco pessoas no grupo voluntariamente se candidatam a escolher e encenar um
tema. O restante do grupo deverá adivinhar o tema escolhido.
17) Gravidade
As pessoas participantes deverão caminhar pelo espaço aleatoriamente sentindo o
seu peso, cada movimento que faz com o corpo, como se sente hoje, como está
cada um de seus membros: suas pernas, seu braços, pescoço, sentido sua
respiração, como está sua coluna, se sente algum lugar incomodando, imaginar
todas as potencialidades do seu corpo, e como se aproveita dele cotidianamente.
O (a) facilitador (a) deverá simular uma situação em que pede para pessoa
imaginar que ela está num lugar muito alto em que o ar é rarefeito, falta-lhe ar e
vai ficando pesado o corpo, difícil de andar... Depois propor que pessoa imagine
que ela está numa nave espacial sobre a ação da gravidade, seu corpo está leve e
ela flutua no ar, vendo a terra lá de cima.
18) Completar o espaço
O grupo será dividido em duplas. Uma pessoa da dupla deve fazer um gesto, a
outra deve fazer um gesto que complete o gesto da outra. Após sinal do (a)
mediador (a) da atividade as posições devem ser trocadas, que completou propõe
e quem propôs completa.
19) Jogo do assassino
Serão distribuídos pequenos papéis a cada uma das pessoas participantes com a
personagem que este deverá representar no jogo. Sendo os seguintes
personagens: o assassino, a polícia a paisana e as vítimas.O assassino deverá
tentar assassinar as vítimas, e a polícia deverá descobrir quem é o assassino
intimando-o a ir preso. O grupo deverá escolher um sinal que o assassino execute
para exterminar a vítima. Situação: as vítimas não querem ser mortas, mas não
devem deixar transparecer que são as vítimas. O assassino quer realizar um crime
perfeito, não quer ser descoberto. O policial a paisana quer prender o assassino,
para isso precisa descobrir quem é este sem que ele o perceba, se não, conseguirá
executar os crimes fora da mira do policial.
20) Quebra da Repressão (teatro fórum)
Uma pessoa do grupo contará uma história na qual tenha passado por uma situação
de opressão. Esta história deverá ser representada por voluntários do grupo. Num
primeiro momento a encenação será da forma com que a história foi contada. No
segundo momento pelo mesmo grupo de voluntários ou outros a história deverá
ser encenada com o personagem da história não aceitando a opressão, reagindo a
situação.
Materiais necessários
30 canetas
Papéis de rascunho





 

Oficina teatral Nova geração 2000
TEATRO

O palco é um espaço mágico, onde a fantasia e a emoção ficam ao alcance da mão. Participe deste espetáculo e viaje com os gregos em A História do Teatro. E não deixe de assistir à Magia do Palco!

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!
Essa frase tão famosa todo mundo conhece, mas será que todo mundo sabe quem a escreveu? Pois foi um dos maiores mestres que o teatro já conheceu, o bardo (poeta) William Shakespeare. Shakespeare nasceu em 1564, na Inglaterra, na cidade de Stratford-upon-Avon, e foi um apaixonado pelo teatro. Escreveu muitas peças e ficou muito conhecido, tendo inclusive a honra de apresentar suas obras nos palácios dos reis, coisa que não era para qualquer um!

Ele também construiu um teatro, que está de pé em Londres até hoje, chamado Globe Theatre, em forma de globo (daí o nome). Mas ficou famoso mesmo por suas peças, imortais, que retratavam os tipos humanos como nunca nenhum autor conseguiu fazer depois dele. Algumas de suas peças mais conhecidas são Romeu e Julieta, Hamlet e Sonho de uma Noite de Verão. Aliás, a frase tão famosa lá de cima é da peça Hamlet... Depois de Shakespeare, o teatro nunca mais seria o mesmo.
HISTÓRIA DO TEATRO
Ninguém sabe ao certo como e quando surgiu o teatro. Provavelmente nasceu junto com a curiosidade do homem, que desde o tempo das cavernas já devia imaginar como seria ser um pássaro, ou outro bicho qualquer. De tanto observar, ele acabou conseguindo imitar esses bichos, para se aproximar deles sem ser visto numa caçada, por exemplo.

Depois, o homem primitivo deve ter encenado toda essa caçada para seus companheiros das cavernas só para contar a eles como foi, já que não existia ainda linguagem como a gente conhece hoje. Isso tudo era teatro, mas ainda não era um espetáculo.
DIONISO E O TEATRO GREGO
Muitos deuses eram cultuados na Grécia, há muito tempo, cerca de cinco séculos antes de Cristo. Eram deuses parecidos com os homens, que tinham vontades e humores, e eram ligados com os elementos da Natureza e da vida. E um deus muito especial era Dioniso, ou Baco. Dioniso era o deus do vinho, do entusiasmo, da fertilidade e do teatro.
Em sua homenagem, eram feitas grandes festas, em que as pessoas cantavam e narravam em coros uma poesia chamada ditirambo. Tinha até concurso de ditirambo!

Dos ditirambos nasceu outra festa para homenagear Dioniso, as Dionísias Urbanas. Foi nas Dionísias que surgiu o primeiro traço do teatro como conhecemos hoje: um dos atores do coro se desligou e disse ser um deus, ou um herói, e não ele mesmo, e assim começou a dialogar com o coro. Foi assim que surgiram os primeiros atores, e este foi o primeiro passo para as peças de teatro escritas
TRAGÉDIAS E COMÉDIAS

As peças de teatro na Grécia antiga contavam histórias dos mitos gregos, onde os deuses eram muito importantes. Elas passaram a ser representadas em espaços especiais, que são parecidos com os teatros de hoje. Eram construções em forma de meia-lua, cavadas no chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados teatros de arena.

Um dos mais famosos está em pé até hoje, em Atenas, na Grécia, e se chama Epidaurus. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens podiam atuar, já que as mulheres não eram consideradas cidadãs. Por isso, as peças gregas eram encenadas com grandes máscaras!
Existiam dois tipos de peças: as tragédias e as comédias. As tragédias eram histórias dramáticas, e mostravam homens que, por não aceitarem a vontade Divina, acabavam em maus bocados. Os autores de tragédia grega mais famosos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
As comédias eram histórias engraçadas chamadas sátiras, que são gozações da vida. Um grande autor de comédia grega foi Aristófanes.
Todos esses autores influenciaram muito o teatro que veio depois, e suas peças são encenadas até hoje.
commedia dell’arte.

Com o Renascimento, três séculos depois, o teatro deixou de ser tão perseguido pela Igreja. As artes floresciam: pintura, arquitetura, música. O homem passou a ser o objeto de interesse dessas artes, e não mais os deuses (ou, no caso da Igreja católica, o Deus). Foi a época de artistas muito importantes, como Da Vinci (que pintou a Mona Lisa) e Michelângelo.

Por essa época surgiram os teatros parecidos com os de hoje, casas com palco e platéia, e também a ópera, mistura de música com teatro. A Itália foi o palco de um gênero chamado commedia dell’arte.

Os atores da commedia dell’arte eram muito versáteis (faziam de tudo): cantavam, dançavam, representavam, faziam malabarismos... Tudo para agradar seu público! Eles também formavam trupes que iam de cidade em cidade, e nunca decoravam nada, sempre improvisavam as peças.

Esses atores faziam sempre os mesmos papéis, tão famosos que você já deve ter ouvido falar neles: Polichinelo, Arlequim, Colombina, Pantaleão... Cada papel tinha uma máscara, que cobria só a parte de cima do rosto. Ainda hoje, podemos ver peças inspiradas nesses personagens maravilhosos. No Brasil, eles viraram até tema de carnaval!

 

Jogos teatrais com objetos

Os jogos teatrais são excelentes ferramentas pelas quais podemos desenvolver em nossos alunos o gosto pela exposição de fatos narrativos, além do domínio da técnica pela exposição de seminários que versem sobre qualquer assunto, inclusive de outras disciplinas.

Objetivos

1) Levar os alunos ao domínio da modalidade oral da língua culta.

2) Desenvolver a rapidez de raciocínio.

3) Capacitar os alunos para a exposição oral de narrativas, bem como de seminários em qualquer disciplina.

4) Iniciar o desenvolvimento da habilidade oratória.

Estratégias

1) Peça aos alunos que tragam de casa um objeto pessoal que gostem muito, desde de que não seja um objeto de grande valor e que tenha tamanho suficiente para caber numa caixa ou num saco de médio porte, que você irá providenciar.

2) Peça para cada um falar um pouco sobre a importância daquele objeto em sua vida.

3) Em seguida, peça aos alunos que depositem os objetos na caixa ou no saco, que por sua vez, deve ser colocado no centro da sala. Se for possível, leve-os para uma área mais ampla, como o pátio ou a quadra poliesportiva da escola.

4) Peça aos alunos que se sentem em círculo em volta da caixa ou saco.

5) O professor (no papel de coordenador) iniciará uma narrativa oral qualquer, que todos deverão ouvir atentos.

6) Num dado momento, no meio dessa história, o coordenador irá parar de narrar.

7) Em seguida escolherá um aluno (já no papel de jogador) que se levantará e irá se dirigir até o centro do círculo, e sem olhar para dentro da caixa ou saco, irá retirar de lá um objeto que deverá ser introduzido por ele nessa narrativa que foi iniciada pelo coordenador. A história deverá ser, daquele momento em diante, desenvolvida por ele até uma segunda ordem do coordenador.

8) Mediante ordem do coordenador, outro jogador (aluno) será escolhido para ir ao centro do círculo, retirar outro objeto, e da mesma forma que o primeiro, dar continuidade à narrativa até que o coordenador escolha outro, e assim por diante. De modo que todos os jogadores participem da narrativa oral, que será construída socialmente.

Observação

Uma das regras mais importantes desse jogo é que, durante a exposição de cada jogador, o objeto que ele colheu na caixa, obrigatoriamente, deverá ser introduzido na história.

Comentários

Excelente exercício para desenvolver as habilidades da modalidade oral da língua culta, este jogo poderá ser incrementado com novas regras a cada partida, com o intuito de atingir um novo grau de dificuldade.

Por exemplo: numa outra rodada, exija do jogador que dará continuidade à narrativa que ele inicie sua fala utilizando a última palavra dita pelo jogador anterior.

Progressivamente coloque como regra a proibição do uso excessivo de "muletas" lingüísticas tais como: "aí", "aí, né", "então, né", "tipo assim" etc. Em substituição, oriente os jogadores (alunos) a utilizarem expressões como: "neste momento", "nesta altura", "dali alguns minutos", "...algumas horas decorridas deste fato", "dali a pouco", "de repente", "quando de repente" etc.

Observação

É sabido que o "né" (contração de não é) é um marcador conversacional de uso muito comum na modalidade falada da língua. Sendo assim, seria aparentemente contraditório pedir aos alunos que, na exposição oral da narrativa, o substituísse por outra expressão. Todavia, essa aparente contradição se dissipa se levarmos em conta que a atividade proposta inclina-se muito mais para a elaboração de textos formais, de criação literária, enquanto que o uso do marcador conversacional "né" é encontrado com maior freqüência em atividades lingüísticas cotidianas mais espontâneas, tais como a conversação entre amigos, ou seja, em situação de uso menos formal.



 




Teatro


A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a sobrevivência.


Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar lendas referentes aos deuses e heróis.


O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a Dionísio, o deus do vinho e da alegria.


A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o prédio onde se apresenta a mesma. O teatro designa o local físico do espectador e o local onde realiza o drama frente à audiência.


A implantação do teatro no Brasil ocorreu devido ao empenho dos jesuítas em catequizar os índios.




Jogos teatrais

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jogos Teatrais é o termo utilizado em português para designar qualquer estrutura de jogo que possa ser utilizado no teatro, seja dramático (a partir de textos de teatro), cenas, esboços ou improvisações, ou também na forma de esportes, jogos, ou brincadeiras.
Em uma forma mais específica, Jogos Teatrais são a designação dos jogos improvisacionais desenvolvidos pela diretora teatral norte-americana Viola Spolin, para fins de preparação de atores profissionais ou na utilização do teatro para iniciantes ou mesmo nas atividades escolares. Toda a obra de Viola Spolin está editada no Brasil, pela Editora Perspectiva, com tradução de Ingrid Koudela.
Segundo a própria Viola Spolin esta estrutura teatral foi desenvolvida a partir de pressupostos aprendidos em sua experiência com Neva Boyd, no trabalho social com imigrantes na cidade de Chicago.

Jogos Teatrais de Viola Spolin

Os JOGOS TEATRAIS não são quaisquer jogos, mas uma preparação e vivência da prática teatral, onde estruturas operacionais (O QUE, O QUEM, O COMO) procuram possibilitar a experiência das convenções da interpretação teatral e de suas técnicas na forma de vivências de jogos de teatro.
Cada jogo é construído a partir de um FOCO específico, desenvolvido a partir de instruções e regras que levam o jogador a desenvolver formas da arte teatral. Sua base é a experiência prática e social do grupo e do ator, onde são fisicalizadas as possíveis experiências, que estão relacionadas em vários de seus livros com as específicas intruções. Procura-se, com os jogos teatrais, desenvolver uma forma de prática teatral que não seja elaborada apenas na mente do ator ou jogador, mas por sua vivência improvisacional;
Seu método propõe que o teatro seja feito por qualquer pessoa que pode aprender a atuar e ter uma experiência criativa pelo teatro, afirmando que teatro não tem nada a ver com talento. Os jogos teatrais são fortemente fundamentados nas técnicas de interpretação de Stanislavski e Brecht.
Maria Lucia Souza Barros Puppo considera o sistema de jogos teatrais "a operacionalização lúdica dos princípios inerentes ao método das ações físicas de Stanislavski (Regras do jogo na escola in Dossiê Jogos Teatrais. Revista Fênix)". Ingrid Koudella aprofundou-se nos preceitos brechtianos presentes na obra de Spolin.
Princípios:
Cquote1.pngQualquer um pode atuar, qualquer um pode improvisar, qualquer um pode adquirir as habilidades e competências para ser o senhor dos palcos. Teoria e Fundamentos pg. 3 IN Improvisation for Theater, 1999Cquote2.png
Método:
Cquote1.pngAprendemos pela experiência e pela experimentação e, antes de mais nada, ninguém ensina nada para alguém. (cap. Teoria e Fundamentos pg. 3 in Improvisation for Theater, 1999Cquote2.png

Traduções ao português

O trabalho de Viola Spolin torna-se conhecido no Brasil em 1978, primeiramente como ferramenta pedagógica e depois como método de interpretação, a partir da tradução ao português de seu primeiro livro por Ingrid Koudela e Eduardo Amos.
  • Improvisação para o teatro, 1978, tradução da primeira edição norte-americana de 1963.
  • O jogo teatral no livro do diretor, 2000.
  • Jogos teatrais: O fichário de Viola Spolin, 2000.
  • O jogo teatral na sala de aula, 2007.

 Publicações sobre os jogos teatrais

ObraEditoraPublicaçãoAutor(a)
Um vôo brechtianoEd. Perspectiva1992Ingrid Koudela
Texto e jogoEd. Perspectiva1999Ingrid Koudela
Brecht na Pós-modernidadeEd. Perspectiva2001Ingrid Koudela
Jogos teatraisEd. Perspectiva2006Ingrid Koudela
Brecht: Um jogo de aprendizagemEd. Perspectiva2007Ingrid Koudela

Teatro na Antiguidade

No século VI a.C., na Grécia, surge o primeiro ator quando o corifeu Téspis destaca-se do coro e, avançando até a frente do palco, declara estar representando o deus Dionísio. É dado o primeiro passo para o teatro como o conhecemos hoje. Em Roma os primeiros jogos cênicos datam de 364 a.C. A primeira peça, traduzida do grego, é representada em 240 a.C. por um escravo capturado em Tarento. Imita-se o repertório grego, misturando palavra e canto, e os papéis são representados por atores masculinos mascarados, escravos ou libertos.

GRÉCIA

Do século VI a.C. ao V d.C., em Atenas, o tirano Pisístrato organiza o primeiro concurso dramático (534 a.C.). Apresentam-se comédias, tragédias e sátiras, de tema mitológico, em que a poesia se mescla ao canto e à dança. O texto teatral retrata, de diversas maneiras, as relações entre os homens e os deuses. No primeiro volume da Arte poética, Aristóteles formula as regras básicas para a arte teatral: a peça deve respeitar as unidades de tempo (a trama deve desenvolver-se em 24h), de lugar (um só cenário) e de ação (uma só história).
Autores gregos - Dos autores de que se possuem peças inteiras, Ésquilo (Prometeu acorrentado) trata das relações entre os homens, os deuses e o Universo. Sófocles (Édipo) e Eurípides (Medéia) retratam o conflito das paixões humanas. Do final do século IV a.C. até o início do século III a.C., destacam-se a "comédia antiga" de Aristófanes (Lisístrata), que satiriza as tradições e a política atenienses; e a "comédia nova", que com Menandro (O misantropo) critica os costumes.
Ésquilo (525 a.C.?-456 a.C.?) nasce numa família nobre ateniense e luta contra os persas. Segundo Aristóteles, é o criador da tragédia grega. Escreve mais de noventa tragédias, das quais sete são conhecidas integralmente na atualidade - As suplicantes, Os persas, Os sete contra Tebas, Prometeu acorrentado e a trilogia Orestia, da qual fazem parte Agamenon, As coéforas e Eumenides.
Sófocles (495 a.C?-406 a.C.) vive durante o apogeu da cultura grega. Escreve cerca de 120 peças, das quais sete são conservadas até hoje, entre elas Antígona, Electra e Édipo Rei. Nesta última, Édipo mata o pai e casa-se com a própria mãe, cumprindo uma profecia. Inspirado nessa história, Sigmund Freud formula o complexo de Édipo.
Eurípides (484 a.C.?-406 a.C.) é contemporâneo de Sófocles e pouco se sabe sobre sua vida. Suas tragédias introduzem o prólogo explicativo e a divisão em cenas e episódios. É considerado o mais trágico dos grandes autores gregos. Em sua obra destacam-se Medéia, As troianas, Electra, Orestes e As bacantes.
Aristófanes (450 a.C.?-388 a.C?) nasce em Atenas, Grécia. Sua vida é pouco conhecida, mas pelo que escreve se deduz que teve boa educação. Sobrevivem, integralmente, onze de cerca de quarenta peças. Violentamente satírico, critica as inovações sociais e políticas e os deuses em diálogos inteligentes. Em Lisístrata, as mulheres fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a paz.

Espaço cênico grego

Os teatros são construídos em áreas de terra batida, com degraus em semicírculo para abrigar a platéia. A área da platéia é chamada de teatron e o conjunto de edificações recebe o nome de odeion. O palco é de tábuas, sobre uma armação de alvenaria, e o cenário é fixo, com três portas: a do palácio, no centro; a que leva à cidade, à direita; e a que vai para o campo, à esquerda. Essa estrutura de palco permanecerá até o fim da Renascença. Na fase áurea, teatros, como o de Epidauro, perto de Atenas, já são de pedra e situam-se em locais elevados, próximos aos santuários em honra a Dionísio.

ROMA

Predomina a comédia. A tragédia é cheia de situações grotescas e efeitos especiais. Durante o Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena é dominada por pantomimas, exibições acrobáticas e jogos circenses.

Autores romanos

Na comédia destaca-se Plauto (A panelinha), no século III a.C., e Terêncio (A garota de Ândria), no século II a.C. Suas personagens estereotipadas darão origem, por volta do século XVI, aos tipos da commedia dell'arte. Da tragédia só sobrevivem completas as obras de Sêneca (Fedra), que substituem o despojamento grego por ornamentos retóricos.
Plauto ( 254 a.C.?-184 a.C.), além de dramaturgo romano, possivelmente trabalha também como ator. Adapta para Roma enredos de peças gregas e introduz nos textos expressões do dia-a-dia, além de utilizar uma métrica elaborada. Seus textos alegres são adaptados várias vezes ao longo dos séculos e influenciam diversos autores posteriores, entre eles Shakespeare e Molière.

Espaço cênico romano

Até 56 a.C. as encenações teatrais romanas são feitas em teatros de madeira; depois, surgem construções de mármore e alvenaria, no centro da cidade. Com o triunfo do cristianismo, os teatros são fechados até o século X.
Fonte: www.ocrocodilo.com.br
Teatro na Antiguidade


O Teatro Ocidental tem origem nos festivais religiosos gregos em honra a Dionísio, a partir do século VII a.C. Os cânticos eram entoados por um coro, conduzido por um solista, o corifeu.
No século VI a.C., na Grécia, surge o primeiro ator quando o corifeu Téspis destaca-se do coro e, avançando até a frente do palco, declara estar representando o deus Dionísio. É dado o primeiro passo para o teatro como o conhecemos hoje. Em Roma os primeiros jogos cênicos datam de 364 a.C. A primeira peça, traduzida do grego, é representada em 240 a.C. por um escravo capturado em Tarento. Imita-se o repertório grego, misturando palavra e canto, e os papéis são representados por atores masculinos mascarados, escravos ou libertos.

Grécia

Do século VI a.C. ao V d.C., em Atenas, o tirano Pisístrato organiza o primeiro concurso dramático (534 a.C.). Apresentam-se comédias, tragédias e sátiras, de tema mitológico, em que a poesia se mescla ao canto e à dança. O texto teatral retrata, de diversas maneiras, as relações entre os homens e os deuses.
No primeiro volume da ''Arte poética'', Aristóteles formula as regras básicas para a arte teatral: a peça deve respeitar as unidades de tempo (a trama deve desenvolver-se em 24h), de lugar (um só cenário) e de ação (uma só história).
Autores gregos - Dos autores de que se possuem peças inteiras, Ésquilo ''Prometeu acorrentado'' trata das relações entre os homens, os deuses e o Universo. Sófocles ''Édipo'' e Eurípides ''Medéia'' retratam o conflito das paixões humanas.
Do final do século IV a.C. até o início do século III a.C., destacam-se a "comédia antiga" de Aristófanes ''Lisístrata'', que satiriza as tradições e a política atenienses; e a "comédia nova", que com Menandro ''O misantropo'' critica os costumes.
Ésquilo (525 a.C.?-456 a.C.?) nasce numa família nobre ateniense e luta contra os persas. Segundo Aristóteles, é o criador da tragédia grega. Escreve mais de noventa tragédias, das quais sete são conhecidas integralmente na atualidade - ''As suplicantes'', ''Os persas'', ''Os sete contra Tebas'', ''Prometeu acorrentado'' e a trilogia ''Orestia'', da qual fazem parte Agamenon, ''As coéforas'' e '' Eumenides''.
Sófocles (495 a.C?-406 a.C.) vive durante o apogeu da cultura grega. Escreve cerca de 120 peças, das quais sete são conservadas até hoje, entre elas ''Antígona'', ''Electra'' e ''Édipo Rei''. Nesta última, Édipo mata o pai e casa-se com a própria mãe, cumprindo uma profecia. Inspirado nessa história, Sigmund Freud formula o complexo de Édipo.
Eurípides (484 a.C.?-406 a.C.) é contemporâneo de Sófocles e pouco se sabe sobre sua vida. Suas tragédias introduzem o prólogo explicativo e a divisão em cenas e episódios. É considerado o mais trágico dos grandes autores gregos. Em sua obra destacam-se ''Medéia'', ''As troianas'', ''Electra'', ''Orestes'' e ''As bacantes''.
Aristófanes (450 a.C.?-388 a.C?) nasce em Atenas, Grécia. Sua vida é pouco conhecida, mas pelo que escreve se deduz que teve boa educação. Sobrevivem, integralmente, onze de cerca de quarenta peças. Violentamente satírico, critica as inovações sociais e políticas e os deuses em diálogos inteligentes. Em ''Lisístrata'', as mulheres fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a paz.

Espaço cênico grego

Os teatros são construídos em áreas de terra batida, com degraus em semicírculo para abrigar a platéia. A área da platéia é chamada de teatron e o conjunto de edificações recebe o nome de odeion. O palco é de tábuas, sobre uma armação de alvenaria, e o cenário é fixo, com três portas: a do palácio, no centro; a que leva à cidade, à direita; e a que vai para o campo, à esquerda. Essa estrutura de palco permanecerá até o fim da Renascença. Na fase áurea, teatros, como o de Epidauro, perto de Atenas, já são de pedra e situam-se em locais elevados, próximos aos santuários em honra a Dionísio.(ao topo)

Roma

Predomina a comédia. A tragédia é cheia de situações grotescas e efeitos especiais. Durante o Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena é dominada por pantomimas, exibições acrobáticas e jogos circenses.
Autores romanos - Na comédia destaca-se Plauto ''A panelinha'', no século III a.C., e Terêncio ''A garota de Ândria'', no século II a.C. Suas personagens estereotipadas darão origem, por volta do século XVI, aos tipos da commedia dell'arte. Da tragédia só sobrevivem completas as obras de Sêneca ''Fedra'', que substituem o despojamento grego por ornamentos retóricos.
Plauto ( 254 a.C.?-184 a.C.), além de dramaturgo romano, possivelmente trabalha também como ator. Adapta para Roma enredos de peças gregas e introduz nos textos expressões do dia-a-dia, além de utilizar uma métrica elaborada. Seus textos alegres são adaptados várias vezes ao longo dos séculos e influenciam diversos autores posteriores, entre eles Shakespeare e Molière.

Espaço cênico romano

té 56 a.C. as encenações teatrais romanas são feitas em teatros de madeira; depois, surgem construções de mármore e alvenaria, no centro da cidade. Com o triunfo do cristianismo, os teatros são fechados até o século X.
O Teatro Ocidental tem origem nos festivais religiosos gregos em honra a Dionísio, a partir do século VII a.C. Os cânticos eram entoados por um coro, conduzido por um solista, o corifeu.
No século VI a.C., na Grécia, surge o primeiro ator quando o corifeu Téspis destaca-se do coro e, avançando até a frente do palco, declara estar representando o deus Dionísio. É dado o primeiro passo para o teatro como o conhecemos hoje. Em Roma os primeiros jogos cênicos datam de 364 a.C. A primeira peça, traduzida do grego, é representada em 240 a.C. por um escravo capturado em Tarento. Imita-se o repertório grego, misturando palavra e canto, e os papéis são representados por atores masculinos mascarados, escravos ou libertos.


Fonte: liriah.teatro.vilabol.uol.com.br